Até 20 de outubro estão abertos os primeiros concursos do programa Revive Natura, lançado pelo Governo para dar vida nova e transformar em hotéis património público que está ao abandono
São na sua maioria antigos postos fiscais, espalhados pelo país e muitas vezes em zonas do interior, que estão há anos devolutos e se preparam para ser reconvertidos em espaços de turismo. Há 16 imóveis nestas condições que estão a ser alvo de um concurso do Estado para que privados lhes possam pegar, investir na sua reabilitação, e colocá-los em atividade económica, virada para o turismo.
Foi lançado o primeiro concurso do Revive Natura, que é uma sub-modalidade do Revive, programa lançado pelo Governo para concessionar a privados património público que está devoluto ou ao abandono, com vista a reconvertê-los em hotéis ou outras unidades com fins turísticos.
Até 20 de outubro, vai estar aberto o concurso para exploração de 16 imóveis, que incluem os antigos postos fiscais da Comporta ou de Vilamoura, mas também de terras mais pequenas como São Jacinto, Quiaios, Junqueira, Cinturão, Corte Velha, Monte Fidalgo, Alares ou Malpica do Tejo. Deste pacote, também faz parte a antiga sede da administração fiscal na Figueira da Foz.
“No atual contexto do sector do turismo, é imperativo reforçarmos a promoção do nosso património cultural e natural”, fisa a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, lembrando o papel do programa Revive “na mudança de paradigma e a forma como olhamos para o património”.
A secretária de Estado do Turismo diz estar “confiante” na adesão dos privados a este concurso, “numa altura em que o sector deve olhar para o futuro e focar-se em trabalhar para responder às tendências da procura por opções mais naturais e sustentáveis”.
No total, estão atualmente afetos ao Fundo Revive Natureza 96 imóveis, dos quais 38 no norte, 44 na região centro, sete no Algarve, cinco em Lisboa e dois no Alentejo, prevendo o Governo que o investimento total a realizar nestes imóveis ascenda a mais de 25 milhões de euros.
Até final do ano, segundo o Governo, serão lançados dois novos concursos “com um conjunto alargado de imóveis” do Revive Natura, um em outubro e o outro em dezembro.
Segundo o Governo, estes 16 imóveis públicos devolutos “serão agora objeto de requalificação e valorização, promovendo o desenvolvimento regional e local”. Na sua maioria, trata-se de antigas casas de guardas florestais e antigos postos fiscais “que serão arrendados ou concessionados para fins turísticos ficando sujeitos a um conjunto de regras de utilização e de gestão em rede, nomeadamente quanto ao uso da marca Revive Natura, consumo de produtos locais, sustentabilidade ambiental e valorização do território”, é explicitado pelo Governo.
In Expresso
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